O fornecimento de cannabis na ilha de Martha’s Vineyard, em Massachusetts, está prestes a enfrentar uma crise. Até o outono deste ano, a única empresa autorizada a cultivar cannabis no local, Fine Fettle, fechará suas portas. Esta situação apresenta um dilema complicado para os reguladores estaduais: como transportar marijuana entre o continente e a ilha, passando por águas e espaço aéreo federais?
Nos últimos sete anos, desde que os eleitores de Massachusetts legalizaram a cannabis, o governo federal não fez movimentos semelhantes. Sem uma operação local para cultivar maconha em Martha’s Vineyard, o abastecimento legal tanto para uso recreativo quanto medicinal será descontinuado. A ilha possui atualmente 230 pacientes de maconha medicinal.
Benjamin Zachs, presidente da Fine Fettle, anunciou recentemente que a empresa está encerrando suas atividades agrícolas na ilha. Ele prevê que as dispensas da cidade de West Tisbury terão estoque suficiente apenas até o outono. Este cenário pressiona ainda mais os consumidores locais e cria incerteza sobre como suprir essa demanda sem infringir a legislação federal.
Preocupações da Comissão de Controle de Cannabis
A Comissão de Controle de Cannabis do Estado expressou grande preocupação em relação ao possível corte no abastecimento para os pacientes médicos. Segundo Ava Callender Concepcion, presidente em exercício da comissão, as implicações seriam significativas se não forem encontradas soluções rápidas para manter o acesso dos consumidores à cannabis.
Advogados da comissão já entraram em contato com várias agências estaduais e federais em busca de orientação sobre como proceder. Entre elas estão a Polícia Estadual de Massachusetts, Departamento de Justiça, Administração para Controle de Drogas (DEA), Guarda Costeira dos EUA e Steamship Authority, órgão responsável pelos serviços de ferry até as ilhas.
Os desafios regulatórios e problemas financeiros são apontados como causas principais do encerramento das operações pela Fine Fettle. De acordo com Zachs, as exigências legais complicam ainda mais devido à necessidade obrigatória de testar os produtos em laboratórios independentes—ausentes na ilha—obrigando a implementação de sistemas próprios no local.
Além disso, outros estados enfrentaram dilemas similares ao transportar cannabis por águas federais. Exemplos incluem Califórnia, Maine, Nova York e Alasca. Por essa razão, será prioritário obter novas licenças para negócios relacionados à cannabis tanto em Martha’s Vineyard quanto em Nantucket.
A comissão também planeja colaborar com líderes locais da ilha e realizar reuniões públicas nas próximas semanas para discutir possíveis soluções. Kimberly Roy, outra membro da comissão enfatizou que outras jurisdições já superaram problemas semelhantes anteriormente e que deixar 234 pacientes sem acesso seria inadmissível.
Com estas medidas sendo discutidas ativamente pelos comissários estaduais e esforços contínuos para buscar alternativas logísticas seguras e legais, espera-se encontrar soluções antes da chegada do outono.
Fato | Detalhes |
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Crise de fornecimento | Fine Fettle, única empresa autorizada a cultivar cannabis em Martha’s Vineyard, fechará até o outono. |
Impacto | 230 pacientes de maconha medicinal na ilha serão afetados. |
Desafios | Transporte de cannabis entre o continente e a ilha é complicado por leis federais. |
Ações da Comissão | Contatos com várias agências estaduais e federais para orientação. |
Problemas financeiros | Encerramento das operações devido a desafios regulatórios e financeiros. |
Exemplos de outros estados | Califórnia, Maine, Nova York e Alasca enfrentaram dilemas semelhantes. |
Planos futuros | Reuniões públicas e colaboração com líderes locais para encontrar soluções. |
Com informações do site MassLive.com